quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

PRA QUE SERVE UM CONSELHO PROFISSIONAL

Existem diversos conselhos profissionais por aí. OAB, CREA, CRM, CRB, são tantos… Mas você sabe para que eles realmente servem?
Somente agora, depois de 3 anos de formada, é que eu fui dar entrada no meu pedido de registro no Conselho Regional de Biblioteconomia. Apesar de me lembrar vagamente que há tempos atrás eu assisti alguém do conselho dando uma palestra sobre o tema deste post, com toda sinceridade, até pouco tempo atrás eu me revoltava por ter que pagar uma taxa pra um conselho “que não faz nada por mim”.
Essa semana, após pagar a minha taxa proporcional ao tempo de serviço (só assinaram minha carteira profissional como bibliotecária em setembro deste ano, então a taxa ficou pequenininha), resolvi investigar quais são as reais funções desses “caras do conselho” pra começar a brigar pelos meus direitos. Afinal, como diz a Lady Kate, “TÔ PAGAAAANDOO”.
E qual não foi a minha surpresa ao descobrir que o conselho não existe pra me ajudar. A função do conselho não é lutar pelos meus direitos de bibliotecária. Por isso que eu sempre disse que eles não iam me ajudar em nada. Eles não são pagos (por mim) pra isso.
“Mas afinal, para que é que os conselhos existem?”
Os conselhos profissionais são também conhecidos como Conselhos de Fiscalização das Atividades Profissionais.
A função primária dos Conselhos Profissionais é defender a sociedade dos maus profissionais. É claro que, indiretamente, isso é uma defesa aos bons profissionais. Fiscalizando a atuação dos profissionais e das instituições, os bons profissionais recebem a garantia de não precisar conviver profissionalmente com os profissionais antiéticos, por exemplo.
Também cabe ao conselho, por exemplo, redigir e fiscalizar a utilização do código de ética profissional e o juramento profissional.
Percebem? O foco não é no profissional e sim no cliente. Independente da nossa preocupação (ou não) com o cliente em nossas atividades, o Conselho Profissional é a ferramenta imparcial que as fiscaliza.
Só então eu entendi que a defesa da categoria que cabe aos sindicatos. É claro que em Brasília, onde eu moro, não existe um sindicato dos bibliotecários. Paciência. Mas não é por isso que o Conselho irá absorver outras funções que não lhe cabem.

Talita James!
Bacharel em Biblioteconomia pela Universidade de Brasília (UnB), atua nas áreas de gestão da qualidade e gestão da informação desde 2006. Interesse em gerência de projetos, gestão do conhecimento, sistemas de gestão da qualidade, biblioteconomia, restauração de documentos e (claro!) livros e literatura. Muito abrangente? É o poder do profissional bibliotecário, que funciona de A a Z.

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