terça-feira, 26 de novembro de 2013

CHAPA CONSOLIDAÇÃO E FORTALECIMENTO

PREZADOS COLEGAS 
ELEIÇÃO IAB PARA A GESTÃO 2014-2016.


Presidente: Solange Souza Araújo
Vice-Presidente: Neilton Dórea Rodrigues de Oliveira
Secretário Geral: Nivaldo Vieira de Andrade Junior
Secretário Adjunto: Ernesto Regino Xavier de Carvalho
Diretor Administrativo e Financeiro: Itamar José de Aguiar Batista
Diretor Administrativo e Financeiro Adjunto: Edson Fernandes D’Oliveira Santos Neto
Diretor de Comunicação e Divulgação: Antônio Brazão Rodrigues
Diretor de Patrimônio: Sílvia Pimenta d’Affonsêca
Diretor de Eventos e Integração Social: Márcia Silva dos Reis
Diretor Técnico e de Articulação Institucional: Luiz Carlos Botas Dourado
1º Suplente do Conselho Diretor: Marcos Cunha Corbacho
2º Suplente do Conselho Diretor: Lucas Leonardo Mucarzel Rosa
3º Suplente do Conselho Diretor: Isar Matiello
Coordenador de Núcleos: Hugo Seguchi
Conselheiro Superior do IAB –     Titular: Nivaldo Vieira de Andrade Júnior
                                                           Suplente: Daniel Juracy Mellado Paz
Conselheiro Superior do IAB –     Titular: Neilton Dórea Rodrigues de Oliveira
                                                           Suplente: Mariely Cabral de Sant’ana
Conselheiro Superior do IAB –     Titular: Luiz Antônio de Souza
                                                           Suplente: Armando Freire Branco
Conselheiro Superior do IAB –     Titular: Daniel Colina
                                                           Suplente: Carl Von Hauenschild
Conselheiro Superior do IAB –     Titular: Raul Nobre Martins Júnior
                                                           Suplente: Naia Alban Suarez
Conselho Fiscal – Titular: Maria Gleide Santos Barreto
Conselho Fiscal – Titular: Paulo Ormindo David de Azevedo
Conselho Fiscal – Titular: Ana Maria Fernandes  

Conselho Fiscal – Suplente: Joaquim Gonçalves 

domingo, 24 de novembro de 2013

PORQUE DEIXEI A ARQUITETURA

No artigo a seguir,  que foi publicado originalmente na Medium como "What Starbucks Gets that Architects Don't", Christine Outram, lamenta que os arquitetos de hoje simplesmente não dão ouvidos às necessidades reais das pessoas.
Caros arquitetos,
Vocês estão desatualizados. Sei disso porque já fui uma de vocês. Mas agora mudei. Evolui porque apesar do amor que vocês sentem por uma bela curva e suas experimentações com formas, vocês não entendem as pessoas.
Vou me corrigir. Vocês não escutam as pessoas.
Em termos legais, um arquiteto é aquele profissional da construção que tudo vê, tudo sabe. Vocês são os responsáveis por tudo que acontece de errado em um edifício, mas e se alguém simplesmente odiar os espaços que você projetou? Se alguém se sentir desconfortável, ou com frio, ou com medo? Bom, quanto a isso não existe nenhuma ação judicial.
Costumava pensar que era impossível para vocês responder à um público do mesmo modo que fazem as startups. Essas startups podem construir um produto, lançá-lo na internet e ajustá-lo com base no feedback que recebem. É um processo interativo. Arquitetura, pensava, era muito permanente para isso. Tinha muita coisa em jogo, apenas uma chance de se fazer corretamente, muitas variáveis e todo aquele blá blá blá.
Mas a verdade é que muitos de vocês nem tentam. Se baseam nas regras de ouro e livros consagrados, mas vocês raramente fazem pesquisas etnográficas aprofundadas. Podem sentar no terreno durante uma hora e observar as pessoas "utilizarem o espaço" mas vocês levantam e vão lá falar com elas? Descobrem suas motivações? Suas tentativas realmente incorporam as vontades dessas pessoas no processo de projeto?
O mundo está mudando. Vocês têm todas essas ferramentas em suas mãos. Novas ferramentas que não vejo sendo usadas e muitas técnicas antigas nas quais vocês poderiam melhorar bastante.
Essa ideia fez sentido pra mim quando li um artigo recente sobre os projetos das lojas Starbucks. Vocês podem odiar o Starbucks. Podem acreditar que eles são uma entidade comercial sem alma, sem nenhum mérito arquitetônico, mas sabem em que eles são bons? São bons em responder às necessidades das pessoas e seus desejos.
Do artigo:
Starbucks entrevistou centenas de consumidores de café, buscando saber o que eles queriam encontrar em uma cafeteria. O consenso da maioria esmagadora na verdade não tinha nada a ver com o café, os consumidores procuravam o que seria um lugar de descanso, um lugar de pertencimento.
Meus caros arquitetos. É por isso que a Starbucks possui mesas redondas em seus estabelecimentos. Elas foram pensadas "em um esforço de proteger a auto-estima de seus consumidores solitários". Não eram mesas redondas porque o arquiteto pensou que ficaram mais agradáveis assim, não eram redondas porque eram mais baratas, mas eram redondas porque, assim como conclui o artigo, "não existem lugares vazios em mesas redondas".
Starbucks
Starbucks entrevistou centenas de consumidores antes de determinar que mesas redondas seriam a melhor solução paras as pessoas. Cortesia de Medium.com
As mesas redondas no Starbucks foram o resultado de se perguntar como queremos que as pessoas se sintam antes de considerar o que queremos que elas façam.
A forma segue o sentimento.
Agora, eu não estou dizendo que todos os arquitetos são ignorantes neste sentido. Arquitetos residenciais muitas vezes têm sucesso quando se trata de construir espaços habitáveis. E aí tem Gehl Architects. Eles são famosos e respeitados por suas técnicas etnográficas - embora hoje em dia eles pareçam mais focados em master plans e renovações urbanas, e não acho que realmente façam arquitetura. Ou fazem? E mesmo assim, eu teria que assumir que esses arquitetos empregam métodos antigos de observação com exemplos limitados de escalas.
Aparentemente, vocês não abraçaram as oportunidades que a internet tem nos oferecido. Oportunidades como: pesquisa de um grande número de pessoas que usam ferramentas online ou simulação da probabilidade de um espaço comercial realmente ter tráfego de pedestres. Ninguém quer uma série de lojas vazias. Acaba tornando-se um bairro triste. Vocês poderiam utilizar e desenvolver ferramentas que auxiliem a entender se isso vai acontecer. Mas vocês não o fazem.
O mesmo acontece para o resto da profissão. Vamos combinar que a maioria dos edifícios comerciais, hospitais e delegacias de polícia estão abaixo do esperado de um edifício público. E mesmo quando são agradáveis ​​aos olhos, isso não significa que eles foram construídos para atender as necessidades humanas: se não acredita em mim, leia este artigo do New York Times sobre os edifícios de Santiago Calatrava.
Não é de se espantar que a arquitetura se transformou em uma vocação de nicho. Não se relaciona mais com as pessoas.
O problema é que arquitetos parecem seguir as últimas tendências descoladas da linguagem formal. Proponho um desafio: folheiem alguma revista de arquitetura hoje. Encontram alguma pessoa nas fotografias? Imaginei que não. Com certeza encontrarão muitas imagens que idolatram ângulos obtusos ou o encontro de dois materiais.
Posso estar errada. Talvez a profissão tenha crescido e amadurecido enquanto eu não estava olhando e começou a direcionar um olhar mais centrado nas pessoas que vão habitar seus edifícios. Mas o que realmente me deixa perplexa é que a maioria de vocês nunca realizam avaliações pós-ocupação! (Essa eu não consigo superar).
Então se eu estiver errada, me prove. Até que seja provado o contrário, permaneço desapontada.
Você é um estudante ou profissional formado em arquitetura que quer ajudar a entender se arquitetos realmente escutam as pessoas e quais ferramentas e técnicas utilizam para fazer isso? Responda à essa pesquisa. 
Christine Outram é uma estrategista de cidades inteligentes centrada nas pessoas, amante da música, e arquiteta responsável pelo projeto da Copenhagen Wheel. Começou sua carreira praticando arquitetura e desenho urbano na Austrália. Desde que mudou para os EUA, é pesquisadora membro do laboratório MIT’s SENSEable City Lab, fundou o grupo de reflexão City Innovation Group, e atualmente é coordenadora-chefe, ou Senior Inventionist' da Deutsch LA.
Cita:Outram, Christine . "Porque deixei a arquitetura" [Why I Left the Architecture Profession] 23 Nov 2013.ArchDaily. (Pedrotti, Gabriel Trans.) Accessed 24 Nov 2013. <http://www.archdaily.com.br/br/01-154559/porque-deixei-a-arquitetura>

PREMIAÇÃO IAB

Prezados colegas,

O IAB-BA está retomando, após 11 anos de interrupção, sua premiação de arquitetura e urbanismo. 

São seis categorias com inscrição aberta para trabalhos realizados entre 2003 e 2012 no Estado da Bahia e/ou por arquitetos e urbanistas residentes no Estado da Bahia: 

1) Arquitetura de Edificações;
2) Arquitetura de Interiores e Design;
3) Urbanismo e Paisagismo;
4) Restauração e Requalificação do Patrimônio Edificado;
5) Projeto Salvador;
6) Publicações.

A categoria "Projeto Salvador" está aberta também à participação de estudantes e premiará projetos, executados ou não, que proponham soluções criativas, corajosas e exequíveis para problemas urbanos de Salvador ou que apresentem propostas que qualifiquem significativamente áreas e espaços urbanos degradados de nossa capital. Inscrevam seus trabalhos!

Além das seis categorias citadas, será concedido o Prêmio "Arquiteto Diógenes Rebouças" a um profissional que, pela sua atuação em projetos, construções, gestão pública e/ou formação profissional, tenha contribuído significativamente para o desenvolvimento da arquitetura e do urbanismo na Bahia.

As comissões julgadoras de cada categoria serão formadas por três profissionais de reconhecida capacidade, sendo um baiano e dois "forasteiros", com exceção da categoria "Projeto Salvador", cuja comissão julgadora será formada por três arquitetos locais: um representando o IAB-BA, um representando a Prefeitura Municipal de Salvador e um representando o Governo do Estado da Bahia. Dentre os nomes já confirmados para compor a Comissão Julgadora, estão Carlos Eduardo Comas (RS), Flávio Carsalade (MG), Heliodório Sampaio (BA), Jô Vasconcelos (MG), Luiz Amorim (PE), Neilton Dorea (BA), Sônia Marques (PE/PB) e Tania Scofield (BA). 

O Regulamento da Premiação e a ficha de inscrição estão disponíveis para consulta e download no site do IAB-BA: www.iab-ba.org.br 

Solicito a colaboração de todos divulgando a premiação junto a arquitetos e urbanistas e a estudantes de arquitetura e urbanismo.

Atenciosamente,

Nivaldo Vieira de Andrade Junior
Presidente do IAB-BA